Alunos do Câmpus têm trabalho premiado na Mostratec
Alana e Renan desenvolvem plataforma digital para auxiliar imigrantes e refugiados
O Brasil sempre foi conhecido como um país de imigrantes e, nos últimos anos, também tem abrigado um número crescente de refugiados. São pessoas que enfrentam as inúmeras dificuldades inerentes à mudança a um novo país: idioma, documentação, acesso ao mercado de trabalho, acesso a moradia e a serviços públicos, além de localização geográfica.
Os estudantes do curso técnico em Informática do Câmpus Sapucaia do Sul, Alana Stankiewicz e Renan Vaz, pensaram em uma forma de minimizar estas dificuldades por meio do desenvolvimento de uma plataforma para o auxílio e integração de migrantes e refugiados na sociedade brasileira, a Comigre. Mesmo antes de ser finalizado, o trabalho - orientado pelo professor Guilherme Reichwald Jr. – já ganhou notoriedade ao conquistar o 1º lugar na categoria Ciência da Computação na Mostra Brasileira e Internacional de Ciência e Tecnologia (Mostratec), promovida pela Fundação Liberato.
O reconhecimento veio na cerimônia de premiação da Mostra, no último dia 28 de outubro, no teatro da Feevale, em Novo Hamburgo, acompanhado de outros três prêmios: Abric de Destaque em Iniciação Científica, Creal-RS de Inovação Tecnológica e Credenciamento para a Febrace 2017, em São Paulo. Alana ainda levou o prêmio de Pesquisadora Destaque da Intel. “Imaginávamos que o trabalho tinha potencial. Nossa ideia era fazer algo que realmente pudesse ser útil às pessoas” comenta Renan.
Os estudantes pretendem disponibilizar a Comigre gratuitamente, até o final do ano, em três idiomas: português, francês e espanhol. Trata-se de uma plataforma colaborativa: imigrantes e refugiados poderão acessar pelo computador ou celular, e verificar informações que irão auxiliá-los na busca de moradia, emprego, documentação, cursos de idiomas, encontros com os grupos, entre outros aspectos. Do outro lado, pessoas físicas e jurídicas cadastrarão informações como vagas de emprego, cursos profissionalizantes, locais que disponibilizam aulas de português e vagas de moradia.
Para Alana, o maior mérito do projeto não é o desenvolvimento da tecnologia, mas toda a pesquisa, com trabalho de campo e entrevistas, que embasou a formulação da Comigre. “Primeiro mapeamos as dificuldades que eles enfrentam e depois aplicamos questionários, para identificar suas reais necessidades”, relata. A pesquisa, desenvolvida como Trabalho de Conclusão de Curso Técnico em Informática, contou com apoio do Gaire - Grupo de Assessoria a Imigrantes e a Refugiados da UFRGS e da Pastoral do Imigrante da Igreja Católica.
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