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IFSul propõe reflexão sobre a cultura do estupro

 

  • Publicado: Quarta, 17 de Agosto de 2016, 13h47
  • Última atualização em Quarta, 17 de Agosto de 2016, 13h53

Exp

osição Histeria está aberta a visitações gratuitas na Galeria Experimental do Câmpus Sapucaia do IFSul

 

Nos comerciais da televisão, em conversas na mesa do bar, nos cartazes colados em muros. De forma cotidiana em espaços como estes a sociedade reproduz ideias e atitudes que objetificam a mulher e naturalizam violências sexuais, ou seja, contribuem para a criação da cultura do estupro. Em sua terceira exposição própria a Galeria Experimental do Câmpus Sapucaia do IFSul quer levar o público, especialmente jovens estudantes a partir do 8º ano, a perceberam a presença destas práticas e refletirem sobre elas. A exposição Histeria fica aberta a visitação até dia 06 de setembro.

 A entrada é totalmente gratuita e aberta ao público em geral, nos três turnos escolares. O convite é especial para as escolas de Sapucaia e região, que podem agendar uma visita das turmas a partir do 8º ano pelo e-mail da galeria galeriaexperimental@sapucaia.ifsul.edu.br ou pelo telefone (51) 93779006. “Queremos sensibilizar as pessoas para esta problemática e convidá-las a pensarmos em ações coletivas”, explica a coordenadora da Galeria Experimental, Stefanie Moreira.

 

Quem for até o espaço vai começar sua visita por uma sala escura, um ambiente sombrio e tenso, que remete a situações cotidianas nas quais a mulher é retratada e tratada como um objeto, tem sua capacidade de escolha menosprezada, onde a violência contra o gênero feminino é relativizada. Um espaço que leva o visitante a vivenciar o anseio sentido pelas mulheres ao caminharem sozinhas por espaços desertos.

 

Mas após alguns minutos de reflexão – mais precisamente quatro minutos, seguindo a proposta dos organizadores - o visitante deve dar o próximo passo até uma segunda sala. Ao contrário da anterior, esta é iluminada, repleta de almofadas, aconchegante. Pende do teto um varal, batizado de varal de ideias, onde o público deve deixar sua sugestão de ação coletiva contra a cultura do estupro.

 

Nesta sala, o convite é para que se permaneça por 11 minutos. O espaço de tempo não foi escolhido ao acaso: segundo dados oficiais da Secretaria de Segurança Pública, uma mulher é violentada no Brasil a cada 11 minutos. Um número que na prática deve ser bem pior, considerando-se que apenas entre 30% e 35% destes casos são registrados pelas vítimas.

 

A redução destes índices parte da percepção social de que determinados comentários e atitudes, por mais inofensivos que pareçam, contribuem para naturalizar práticas que semeiam a cultura do estupro. E é este momento de reflexão coletiva sobre como nasce e se dissemina a cultura do estupro que a exposição Histeria proporciona aos visitantes.

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