Projeto quer reaproveitar os resíduos orgânicos gerados no Câmpus
Batizada de CRI Ação, iniciativa pretende produzir adubo e servir de exemplo à comunidade
Apesar de crescer no país a cultura de reciclagem de materiais como alumínio e plástico, ainda são raros os locais que reaproveitam seus resíduos orgânicos. Os alunos do 4º ano do curso Técnico em Plástico, Eduarda Lemes e João Victor de Oliveira, incitados pela professora Carmen Calcagno, estão motivados a mudar o destino do lixo orgânico gerado no Câmpus Sapucaia: com o projeto CRI Ação, querem transformar estes restos em adubo, e incentivar a comunidade acadêmica e vizinha a fazer o mesmo.
“Não temos a cultura de reciclar lixo orgânico, normalmente são resíduos que vão para os lixões, onde ficam produzindo mau cheiro e gerando doenças”, destaca Eduarda. A ideia é começar com os resíduos produzidos na cantina, que serão separados e levados até uma composteira minhocário: serão três grandes caixas plásticas, dispostas uma sobre a outra. Nas duas bandejas superiores será depositado o lixo, que em cerca de dois meses as minhocas transformam em húmus. Pequenos furos em suas bases deixarão escorrer até a bandeja inferior o chorume, líquido proveniente da decomposição dos resíduos orgânicos.
O adubo e o chorume produzidos serão empregados no cultivo de mudas, distribuídas à comunidade em caráter pedagógico, para chamar a atenção para o processo de compostagem. Também com este intuito serão adquiridas três bandejas pequenas, transparentes, para demonstração do processo em pequena escala. “As pessoas geram muitos resíduos orgânicos que não são reaproveitados porque acham que não há o que fazer com eles. Queremos mostrar para a comunidade que a compostagem é uma alternativa”, explica João Victor.
A professora Carmen explica que o projeto busca agora recursos que viabilizem sua concretização. “Nessa etapa estamos buscando interessados em investir, para que possam ser adquiridas as composteiras didática e a convencional/doméstica”, relata. O orçamento previsto é de R$ 735,84, e quem quiser contribuir com a iniciativa deve procurar a docente.
Marca do projeto foi criada pela aluna da Engenharia Mecânica, Luana da Rocha.
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