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Iniciativas virtuais contribuem para aprendizado durante isolamento

Atividades são facultativas e não substituem a necessidade de recuperação das aulas presenciais

  • Publicado: Quarta, 08 de Abril de 2020, 12h40
  • Última atualização em Quarta, 08 de Abril de 2020, 17h45

O IFSul optou por não ministrar aulas à distância em substituição às presenciais durante o período de isolamento em função da pandemia de Covid-19 (Coronavirus), por concluir que nem todos os estudantes teriam condições de acesso remoto. O calendário está suspenso em todos os câmpus desde o dia 16 de março, e a forma de recuperação será definida após o retorno. Entretanto, a ausência de atividades letivas obrigatórias não significa a interrupção total do aprendizado: muitos docentes estão usando a criatividade para estimular os estudantes a seguirem aprendendo durante este período.

Uma oficina de elaboração de currículos vitaes: a ideia da professora e coordenadora do curso Técnico em Mecânica, Marineiva Manganeli, foi transformada em projeto de ensino, e desde a semana passada ela está ministrando a atividade de forma virtual para estudantes do curso Técnico em Mecânica. Marineiva menciona que neste momento de quarentena a oficina é uma estratégia para que os estudantes possam ampliar seus conhecimentos e como resultado produzir um documento útil para registrar de maneira sucinta e objetiva suas experiências acadêmicas e profissionais, além de proporcionar um momento de integração. “É também um espaço onde os estudantes compartilham sua rotina, angústias e receios neste momento atípico que estão vivendo”, revela.

O chefe do Departamento de Ensino do Câmpus Sapucaia, Fábio Lemes, ressalta que os processos de aprendizagem formais precisam da mediação de educadores, mas que esta situação de isolamento devido à pandemia “é uma oportunidade de reforço e busca de conhecimento, de se redescobrir o prazer de estudar não pela nota ou diploma, mas pelo puro e simples conhecimento”. As diversas fontes de conhecimento disponíveis eletronicamente podem ser um suporte para que educadores e estudantes construam juntos novas formas de aprendizado. “Por isso recomendo que se disponibilizem conteúdos e materiais aos nossos estudantes, se façam novos projetos, não com o objetivo de validar aulas, mas para que aqueles que possam, neste momento, usem o que temos de mais qualificado em nossa instituição, que é nosso quadro de docentes, e possam ter novos aprendizados significativos em sua formação profissional e humanística”, explica Lemes.

Exemplo disso é o professor de matemática Yuri de Lima, que criou um canal no YouTube no qual disponibiliza vídeo aulas com a matéria já vista e com aquela que será trabalhada no retorno das aulas. “Nessas mesmas vídeo aulas resolvo exemplos e demandas que os alunos deixam nos comentários e utilizo listas de exercícios e o Google formulário para realizar simulados fáceis, médios e difíceis, desafiando  os alunos”, conta.

A professora e coordenadora do curso Técnico em Informática, Verônica Machado, está aproveitando o período para enviar sugestões de leituras, produção oral e escrita e exercícios online para os alunos. Ela conta que ministrou um encontro online com uma turma, por vídeo chamada, e pretende repetir a experiência.  Além das sugestões de atividades, Verônica fica disponível por e-mail para esclarecer dúvidas, e promove orientações de TCC usando as ferramentas do Google Drive.

Já a professora de português e inglês Suzana Trevisan tem aproveitado este período de isolamento para estimular o hábito da leitura entre os discentes. Ela envia sugestões como os livros Extraordinário e a biografia de Nelson Mandela, o site da Organização Mundial da Saúde (OMS) e reportagens relacionadas ao Coronavírus, além da série Atypical. “Todas as atividades que mandei foram com o objetivo de que eles possam ter autonomia  para ler materiais de qualidade, são atividades que contribuem para a formação”, explica.

Suzana faz questão de lembrar que não é possível chegar a todos os estudantes neste momento, já que a educação a distância requer acesso à tecnologia, além de formação e metodologias específicas por parte dos educadores. “A ideia é construir atividades que possam contribuir para a formação humana e acadêmica, mas também entendendo que este é um período diferente, e que teremos tempo depois para estarmos juntos e conversarmos sobre estas atividades e sobre este momento que vivemos pensando no bem coletivo”, destaca.

 

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