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Intercâmbio: estudantes relatam experiência na França

Ao todo 18 estudantes do IFSul já participaram do Programa Capes/Brafitec, e outros sete estão selecionados

  • Publicado: Quinta, 04 de Março de 2021, 16h40
  • Última atualização em Quinta, 04 de Março de 2021, 17h45

“Voltamos ao Brasil com outros olhos, pensando em como podemos mudar nossa realidade aqui”, conta o estudante de Engenharia Mecânica do Câmpus Sapucaia, Rômulo Ferreira, sobre a experiência de estudar na instituição francesa Sigma-Clermont entre agosto de 2018 e outubro de 2020. Além de Rômulo, outros 17 alunos do IFSul já participaram e mais sete estão selecionados para o Programa Cooperação Franco-Brasileira no âmbito da Formação de Engenheiros (Capes/Brafitec), iniciativa que desde 2014 promove o intercâmbio entre estudantes de instituições francesas e dos institutos federais brasileiros.

Diânifer Schlemmer é uma delas. Assim como Rômulo, retornou no final do ano passado do período de dois anos de intercâmbio em Clermont Ferrand. “Foi a melhor experiência da minha vida, eu expandi a minha mente, a minha visão, o meu jeito de ver o mundo. Foi um período de muito crescimento, tanto profissional - questões de autonomia, resiliência, flexibilidade, adaptabilidade - quanto pessoal - vivência com culturas diversas, idioma”, conta.

Rômulo e Diânifer estão agora concluindo o curso de Engenharia Mecânica do Câmpus Sapucaia para assim obter a dupla diplomação, possibilidade formalizada em um acordo firmado em 2016 entre IFSul e Sigma Clermont. O coordenador do Brafitec no IFSul, Pedro Hernandez Junior, conta que o primeiro aluno duplo diplomado pelo Brafitec no âmbito dos Institutos Federais foi Harrisson Aguirre, que obteve a certificação em 2020, e a segunda será Amanda Bernar, que deve obter a dupla diplomação ainda neste semestre.

 

Diferenças entre os modelos de ensino de Engenharia no Brasil e na França

Os estudantes destacam o formato de classificação das aulas como a principal especificidade do ensino na França. Lá as aulas são divididas em três tipos: as expositivas, quando o professor apresenta um conteúdo aos alunos; os trabalhos dirigidos, que consistem em momentos de resolução de exercícios pelos estudantes, com auxílio do professor; e os trabalhos práticos, quando o aluno resolve sozinho os problemas de cada cadeira. “Temos muitos projetos em equipe durante o ano nas mais diversas disciplinas, o que permite desenvolver habilidades de pesquisa, de trabalho em equipe e habilidades de apresentação”, comenta Diânifer.

 

Estágios

Diânifer conta que, além das disciplinas acadêmicas que vão permitir a dupla diplomação, outra experiência fundamental foi obtida com a realização de estágios. Ela atuou em uma lavanderia industrial com uma missão de melhoria de produtividade e também estagiou na Bosch, no setor de Melhoria Continua.

Rômulo também fez dois estágios: o primeiro em um Instituto de Pesquisa para o setor Agrícola chamado IRSTEA, onde desenvolveu parte de um mecanismo de um robô para detecção de túneis subterrâneos. O segundo, em 2020, foi parte em home office, em uma empresa que produz linhas de usinagens para montadoras automotivas, onde trabalhou com fabricação aditiva, novos softwares de usinagem.

 

Futuro

Diânifer conta que antes de voltar ao Brasil participou de um processo seletivo e foi selecionada para uma vaga de Analista de Melhoria Contínua, na sede brasileira da multinacional francesa Edenred. “Tenho certeza que essa experiência na França teve um impacto importante na conquista dessa vaga. É minha primeira vaga efetiva, na área da Engenharia. Tenho grandes oportunidades de crescimento dentro dessa empresa e inclusive de Job Rotation no exterior”, diz.

Assim que concluir a graduação, Rômulo planeja ingressar em um mestrado em uma área voltada para análise de dados, além de buscar a realocação profissional, seja no setor publico ou privado. “Eu gostaria de estar em um ambiente que me proporcionasse a oportunidade de contribuir gerando um impacto real para a sociedade”, planeja.

 

O impacto da mobilidade internacional

Rômulo conta que não poderia ter vivido a experiência de intercâmbio internacional se não tivesse tido acesso a uma bolsa e a toda estrutura proporcionada pelo Brafitec. “O impacto do programa na minha vida é gigantesco, sou muito grato pela oportunidade, pelo IFSul oferecer este programa aos estudantes”, diz. “A experiência foi enriquecedora, não só profissionalmente mas pessoalmente também. A gente pode ter contato com diferentes realidades, por ser uma universidade que recebe pessoas de diferentes partes do mundo, isso expande muito os nossos horizontes. E claro, profissionalmente por estar em uma universidade da Europa, com toda a infraestrutura”, complementa.

Dianifer endossa a opinião do colega. “Me motivou a querer sempre mais, me mostrou que, com esforço, eu sou capaz do que eu quiser. Enfim, se eu pudesse dar um conselho para alguém que está na dúvida se faz ou não faz a mobilidade seria: façam, não pensem duas vezes! A adaptação no começo pode ser um pouco difícil, mas a recompensa é muito maior. Muda a vida e muda pra melhor!”, exalta.

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